domingo, 18 de maio de 2003

Vida no Alentejo I

Hoje à tarde estive nas Tasquinhas (evento gastronómico) aqui de Vendas Novas, acompanhado da minha esposa e de um casal amigo. Apesar dos caracóis estarem no ponto, e do chouriço assado não lhe ficar atrás, não pude deixar de me sentir um pouco estranho. Olhando à minha volta eu destacava-me claramente do resto das pessoas que ali estavam, pela cor e pelo aspecto claro! Não tenho qualquer problema com isso, aliás pelo contrário, mas não posso deixar de pensar que a diversidade étnica do nosso país, se encontra, ainda, bastante confinada às grandes áreas urbanas e seus subúrbios.
Tenho observado que as sociedades urbano/rurais se fecham um pouco em si mesmas, impedindo os estranhos de entrar. E, não querendo levantar polémica, aqui, ainda se olha de suslaio para alguém de cor diferente.
Como já referi em outros posts, este Portugal é bastante diferente do Portugal de onde vim. Um bairro margem sul, retornados, todas as cores e raças. É possível que ainda não me tenha adaptado bem, mas a verdade é que as comunidades africanas não saem desses mesmos bairros e subúrbios...
Para quando um Portugal que assumirá na totalidade essa diversidade étnica?

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