Senhoras e Senhores.
apresento-vos o sucesso do momento na banda: Pedrito do Bié. Tá a bater!
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 23 de março de 2007
Oxalá cresçam Pitangas
Um filme/documentário que me deixou outra vez a sonhar com Luanda. Eu sei que os musseques abundam, que tem assaltos a toda a hora, que as restrições à liberdade de movimentos são muitas, que há todo um conjunto de senãos que povoam as cabeças europeias. Mas não é menos verdade que a cada imagem, a cada som, a cada palavra com sotaque da banda, me convenço que mesmo assim, podre, aquela é a minha terra prometida. Terra onde mana pirão e feijão de óleo de palma.
Um filme/documentário que me deixou outra vez a sonhar com Luanda. Eu sei que os musseques abundam, que tem assaltos a toda a hora, que as restrições à liberdade de movimentos são muitas, que há todo um conjunto de senãos que povoam as cabeças europeias. Mas não é menos verdade que a cada imagem, a cada som, a cada palavra com sotaque da banda, me convenço que mesmo assim, podre, aquela é a minha terra prometida. Terra onde mana pirão e feijão de óleo de palma.
quinta-feira, 1 de março de 2007
A Carta com sotaque angolano.
Uma amiga minha que está a tirar a carta de condução expõe-me as suas lutas com o volante, quer dizer, mais propriamente com o pedal da embraiagem. Todo o sofrimento feminino condensado numa forma quase poética de desabafo. Digno da uma letra de Kuduro.
Estaciono bala.
Arranco bala.
Marcha atrás bala.
Velocidade bala.
Curvas bala.
Rotundas nem se fala.
Ponto de embraiagem...O.
Uma amiga minha que está a tirar a carta de condução expõe-me as suas lutas com o volante, quer dizer, mais propriamente com o pedal da embraiagem. Todo o sofrimento feminino condensado numa forma quase poética de desabafo. Digno da uma letra de Kuduro.
Estaciono bala.
Arranco bala.
Marcha atrás bala.
Velocidade bala.
Curvas bala.
Rotundas nem se fala.
Ponto de embraiagem...O.
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Avô Zeca
Há dez anos atrás voltava eu de um dia muito bem passado na companhia de amigos, quando, à entrada do teu prédio, me disseram, a frio, que tinhas morrido. Senti pela primeira vez aquela vertigem agonizante que percorre todo o corpo, mas lágrimas não me sairam. Pensei na mãe, na avó, nos primos mais novos, e corri para dentro de casa a abraçá-los. O bairro em peso vestia o teu luto e confortava-nos, mas eu não chorava. No dia seguinte a igreja encheu-se de velhos amigos, de longe e de perto, tantos que te quiseram homenagear. Agradecemos a Deus pela tua vida e devolvemos-te ao pó. Mas eu não chorei. Fomos para a tua casa, para lanchar e descansar. Recordámos os teus melhores episódios. Havia torradas e chá como tu apreciavas. Mas eu não chorei. Foi preciso entrar no teu quarto vazio e perceber que não estavas mais lá para conversares comigo, para me jogares palavras difíceis em alemão, para me leres um poema, para me dares uma grande seca com as tuas cassetes de tango, para que eu me rendesse. Foi ali, deitado no teu leito de quinze anos de doença que chorei todas as lágrimas e me dei conta que um grande pedaço de mim tinha sido arrancado.
Já passaram dez anos! O que eu não daria agora para que pudesses conhecer a Sara e a Joana, a minha casa, de saberes que levo em mim tanto daquilo que eras. Tenho por consolo que a eternidade é tempo suficente para colocarmos a conversa em dia e para falarmos novamente sobre aquilo que mais te entusiasmava. Até lá!
Há dez anos atrás voltava eu de um dia muito bem passado na companhia de amigos, quando, à entrada do teu prédio, me disseram, a frio, que tinhas morrido. Senti pela primeira vez aquela vertigem agonizante que percorre todo o corpo, mas lágrimas não me sairam. Pensei na mãe, na avó, nos primos mais novos, e corri para dentro de casa a abraçá-los. O bairro em peso vestia o teu luto e confortava-nos, mas eu não chorava. No dia seguinte a igreja encheu-se de velhos amigos, de longe e de perto, tantos que te quiseram homenagear. Agradecemos a Deus pela tua vida e devolvemos-te ao pó. Mas eu não chorei. Fomos para a tua casa, para lanchar e descansar. Recordámos os teus melhores episódios. Havia torradas e chá como tu apreciavas. Mas eu não chorei. Foi preciso entrar no teu quarto vazio e perceber que não estavas mais lá para conversares comigo, para me jogares palavras difíceis em alemão, para me leres um poema, para me dares uma grande seca com as tuas cassetes de tango, para que eu me rendesse. Foi ali, deitado no teu leito de quinze anos de doença que chorei todas as lágrimas e me dei conta que um grande pedaço de mim tinha sido arrancado.
Já passaram dez anos! O que eu não daria agora para que pudesses conhecer a Sara e a Joana, a minha casa, de saberes que levo em mim tanto daquilo que eras. Tenho por consolo que a eternidade é tempo suficente para colocarmos a conversa em dia e para falarmos novamente sobre aquilo que mais te entusiasmava. Até lá!
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Quem não se sente não é filho de boa gente

já dizia o ditado. E eu ontem senti-me quando vi a reportagem da SIC sobre os bairros degradados, uma peça exibida em complemento da reportagem sobre o programa de reabilitação lançado ontem pelo Governo. Senti-me porque, mais uma vez, a SIC usou o já cansativo truque reles da manipulação de imagens para iludir o incauto telespectador. Este, que eventualmente nunca terá colocado os pés no Vale da Amoreira ficará a pensar que, lá todas as casas têm os vidros partidos, que falta luz à noite, que mal se pode andar nas ruas cheias de lixo e que a cada esquina espera-nos um escroque pronto a sacar o que temos na carteira e nos bolsos.
Estou sentido e penso que tenho autoridade para o fazer, afinal de contas sou fruto do Vale da Amoreira, lá, vivi 26 anos dos 32 que tenho. Estou sentido porque, não pretendendo fazer do Vale da Amoreira um lugar isento de deficiências e lacunas, sei que há lá mais gente de bem do que rufias, há mais amigos que estranhos, há mais sentido de comunidade do que isolamento, há mais árvores do que lixo no chão, há mais casas com apresentação do que casas com vidros partidos, há mais espaço para as crianças brincarem, há mais exposição do que camuflagem.
Estou sentido porque, bem vistas as coisas, bairros degradados há muitos mais do que os suspeitos do costume, dependendo do uso que fazemos do conceito degradado. Degrados em quê? no aspecto exterior? na moral? nos valores? na cidadania? nas oportunidades?
Que dirão acerca disso os moradores de certos bairros do centro de Lisboa, Porto ou Coimbra? Please...
Se há coisa que a SIC nunca fará, e já o tenta desde os famosos «Casos de Polícia», é tirar-me o orgulho de ser da Margem Sul, do Vale da Amoreira, dum simples T3 na Rua das Acácias. A dignidade não se esbate pelos rótulos que nos querem impôr.

já dizia o ditado. E eu ontem senti-me quando vi a reportagem da SIC sobre os bairros degradados, uma peça exibida em complemento da reportagem sobre o programa de reabilitação lançado ontem pelo Governo. Senti-me porque, mais uma vez, a SIC usou o já cansativo truque reles da manipulação de imagens para iludir o incauto telespectador. Este, que eventualmente nunca terá colocado os pés no Vale da Amoreira ficará a pensar que, lá todas as casas têm os vidros partidos, que falta luz à noite, que mal se pode andar nas ruas cheias de lixo e que a cada esquina espera-nos um escroque pronto a sacar o que temos na carteira e nos bolsos.
Estou sentido e penso que tenho autoridade para o fazer, afinal de contas sou fruto do Vale da Amoreira, lá, vivi 26 anos dos 32 que tenho. Estou sentido porque, não pretendendo fazer do Vale da Amoreira um lugar isento de deficiências e lacunas, sei que há lá mais gente de bem do que rufias, há mais amigos que estranhos, há mais sentido de comunidade do que isolamento, há mais árvores do que lixo no chão, há mais casas com apresentação do que casas com vidros partidos, há mais espaço para as crianças brincarem, há mais exposição do que camuflagem.
Estou sentido porque, bem vistas as coisas, bairros degradados há muitos mais do que os suspeitos do costume, dependendo do uso que fazemos do conceito degradado. Degrados em quê? no aspecto exterior? na moral? nos valores? na cidadania? nas oportunidades?
Que dirão acerca disso os moradores de certos bairros do centro de Lisboa, Porto ou Coimbra? Please...
Se há coisa que a SIC nunca fará, e já o tenta desde os famosos «Casos de Polícia», é tirar-me o orgulho de ser da Margem Sul, do Vale da Amoreira, dum simples T3 na Rua das Acácias. A dignidade não se esbate pelos rótulos que nos querem impôr.
sexta-feira, 16 de junho de 2006
domingo, 4 de junho de 2006
Amanhã
Já não se ouvirá a mais a voz de Raul Indipo. No dia do seu desaparecimento recordo, em abono da verdade, que nunca ninguém conseguirá igualar a descrição perfeita da diáspora angolana em Portugal tal como o Duo Ouro Negro o fez.
As harmonias melodiosas da música «Amanhã», e muitas outras, ressoaram vezes sem conta no leitor de cassetes da minha tia Anabela, enquanto eu, puto reguila, corria pelos corredores da casa da minha avó. O Duo Ouro Negro era a voz da Angola que eu nunca conheci. Naturalmente, a letra ficou-me gravada na mente e no coração. «Amanhã» é a minha música favorita por ser aquela que, numa simples quadra, descreve melhor o meu sonho, o meu desejo mais primário, mais vívido: O dia em que eu voltar à minha Angola.

«Quero chegar de madrugada
Para ver o sol raiar.
Quero chegar de madrugada, eh
P'ra ninguém ver se eu chorar.»
Já não se ouvirá a mais a voz de Raul Indipo. No dia do seu desaparecimento recordo, em abono da verdade, que nunca ninguém conseguirá igualar a descrição perfeita da diáspora angolana em Portugal tal como o Duo Ouro Negro o fez.
As harmonias melodiosas da música «Amanhã», e muitas outras, ressoaram vezes sem conta no leitor de cassetes da minha tia Anabela, enquanto eu, puto reguila, corria pelos corredores da casa da minha avó. O Duo Ouro Negro era a voz da Angola que eu nunca conheci. Naturalmente, a letra ficou-me gravada na mente e no coração. «Amanhã» é a minha música favorita por ser aquela que, numa simples quadra, descreve melhor o meu sonho, o meu desejo mais primário, mais vívido: O dia em que eu voltar à minha Angola.

«Quero chegar de madrugada
Para ver o sol raiar.
Quero chegar de madrugada, eh
P'ra ninguém ver se eu chorar.»
terça-feira, 23 de maio de 2006
sábado, 1 de abril de 2006
Diz a "Noticías Sábado"
que o Gengibre, segundo a tradição medicinal chinesa ajuda nas cólicas, vómitos, flatulência, dispepsia, diarreia, rouquidão e irritação na garganta. O meu tio, por outro lado, sempre me disse que na tradição medicinal africana o gengibre é tido como um género de "viagra dos pobres". Daí que alerto os que seguem a prescrição da primeira tradição para os efeitos secundários da outra.
que o Gengibre, segundo a tradição medicinal chinesa ajuda nas cólicas, vómitos, flatulência, dispepsia, diarreia, rouquidão e irritação na garganta. O meu tio, por outro lado, sempre me disse que na tradição medicinal africana o gengibre é tido como um género de "viagra dos pobres". Daí que alerto os que seguem a prescrição da primeira tradição para os efeitos secundários da outra.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
Zeca da Humpata
No registo oficial a sua data de nascimento era 16 de Janeiro. Mas a verdade era outra. Havia que retirar 4 dias, tantos quantos o pai levara a decidir registar o filho na conservatória. Assim, o Zeca festejava sozinho a 12 e com a família e amigos a 16. Um sortudo.
Mas vamos ao que interessa. Zeca nasceu na Humpata, lá para os lados de Sá da Bandeira, província da Huíla nos idos de 1928. A mãe, a velha Katumbo, era uma negra muíla de personalidade forte, com quem não se fazia farinha. O pai, o velho Pontes, tchicolono, era um dos pioneiros da vila, madeirense que emigrara à procura de melhor sorte. Reza a história que a negra se juntara ao branco já entrada de anos, de maneiras que Zeca era o mais novo de 16 irmãos, filhos de pais e mães diferentes. Explico: A mãe tinha filhos de outros homens e o pai, tendo uma família branca "oficial", sempre pulava umas cercas. Diz quem sabe que era prática comum.
Mas adiante, o Zeca teve uma infância típica dos anos 30 em Angola. Tomava banho no rio, apanhava fruta das árvores, fisgava passarinhos com a txifuta e fazia quilómetros a pé descalço para a escola. E assim se passaram os anos até ao exame da 4ª classe. Logo, vem a juventude e Zeca vai trabalhar no caminho de ferro de Benguela, ao sol e à chuva, o que mais tarde lhe viria a trazer complicações de saúde. Conhece Albertina, mulata de feições redondas, linda de morrer e casam no dia de Natal, no ano de 1949. O casal tem 4 filhos e Zeca, funcionário adminstrativo do Estado, pulula de vila em vila nas suas "demarches" oficiais. Lembra com saudade a Vila Artur de Paiva e a Chibia.
Os anos passam e nos meados de 60 a família sulista resolve-se mudar para a capital Luanda, bem lá no norte.
Zeca torna-se um cosmopolita. O emprego na TAAG traz-lhe satisfação e uma certa distinção, da qual se orgulha. Mas aproximam-se tempos complicados. A guerra, até aí longínqua, chega à cidade e ameaça a estabilidade e integridade da família. Não resta outra solução senão abandonar a pátria amada em direcção à metrópole.
1975 é o ano do Exílio. Sim, digo exílio porque Zeca nunca se adaptou ao frio português. Frio do clima e da alma. A doença surge, fruto de anos de fumador inverterado e traz a confinação ao seu quarto. Zeca, sempre nostálgico da terra angolar, vai definhando em 15 longos anos de doença.
Naquele quarto rodeou-se de memórias de uma vida. Os tangos, as fotografias, os livros sobre Angola, as cartas dos amigos, as horas infínitas a escrever poemas e a sonhar com o regresso nunca possível.
O Zeca da Humpata deixou marca em todos os que o conheceram. Um fala barato que tinha conversa para tudo e todos. Um autodidacta no sentido lato do termo, um curioso da vida. Era meu amigo e se fosse vivo completava 78 anos hoje. Por isso, PARABÉNS AVÔ!
No registo oficial a sua data de nascimento era 16 de Janeiro. Mas a verdade era outra. Havia que retirar 4 dias, tantos quantos o pai levara a decidir registar o filho na conservatória. Assim, o Zeca festejava sozinho a 12 e com a família e amigos a 16. Um sortudo.
Mas vamos ao que interessa. Zeca nasceu na Humpata, lá para os lados de Sá da Bandeira, província da Huíla nos idos de 1928. A mãe, a velha Katumbo, era uma negra muíla de personalidade forte, com quem não se fazia farinha. O pai, o velho Pontes, tchicolono, era um dos pioneiros da vila, madeirense que emigrara à procura de melhor sorte. Reza a história que a negra se juntara ao branco já entrada de anos, de maneiras que Zeca era o mais novo de 16 irmãos, filhos de pais e mães diferentes. Explico: A mãe tinha filhos de outros homens e o pai, tendo uma família branca "oficial", sempre pulava umas cercas. Diz quem sabe que era prática comum.
Mas adiante, o Zeca teve uma infância típica dos anos 30 em Angola. Tomava banho no rio, apanhava fruta das árvores, fisgava passarinhos com a txifuta e fazia quilómetros a pé descalço para a escola. E assim se passaram os anos até ao exame da 4ª classe. Logo, vem a juventude e Zeca vai trabalhar no caminho de ferro de Benguela, ao sol e à chuva, o que mais tarde lhe viria a trazer complicações de saúde. Conhece Albertina, mulata de feições redondas, linda de morrer e casam no dia de Natal, no ano de 1949. O casal tem 4 filhos e Zeca, funcionário adminstrativo do Estado, pulula de vila em vila nas suas "demarches" oficiais. Lembra com saudade a Vila Artur de Paiva e a Chibia.
Os anos passam e nos meados de 60 a família sulista resolve-se mudar para a capital Luanda, bem lá no norte.
Zeca torna-se um cosmopolita. O emprego na TAAG traz-lhe satisfação e uma certa distinção, da qual se orgulha. Mas aproximam-se tempos complicados. A guerra, até aí longínqua, chega à cidade e ameaça a estabilidade e integridade da família. Não resta outra solução senão abandonar a pátria amada em direcção à metrópole.
1975 é o ano do Exílio. Sim, digo exílio porque Zeca nunca se adaptou ao frio português. Frio do clima e da alma. A doença surge, fruto de anos de fumador inverterado e traz a confinação ao seu quarto. Zeca, sempre nostálgico da terra angolar, vai definhando em 15 longos anos de doença.
Naquele quarto rodeou-se de memórias de uma vida. Os tangos, as fotografias, os livros sobre Angola, as cartas dos amigos, as horas infínitas a escrever poemas e a sonhar com o regresso nunca possível.
O Zeca da Humpata deixou marca em todos os que o conheceram. Um fala barato que tinha conversa para tudo e todos. Um autodidacta no sentido lato do termo, um curioso da vida. Era meu amigo e se fosse vivo completava 78 anos hoje. Por isso, PARABÉNS AVÔ!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2006
sexta-feira, 6 de janeiro de 2006
quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
Conversa no MSN com o meu amigo Rui, a passar férias em Angola
Eu adoro o sol e a boa vida... diz:
olha moço, tenho de fugar
Capitão do Mato diz:
tasse
Eu adoro o sol e a boa vida... diz:
vou pitar camarão
Eu adoro o sol e a boa vida... diz:
hehehe
Capitão do Mato diz:
eu vou carregar lenha!!!!
Eu adoro o sol e a boa vida... diz:
olha moço, tenho de fugar
Capitão do Mato diz:
tasse
Eu adoro o sol e a boa vida... diz:
vou pitar camarão
Eu adoro o sol e a boa vida... diz:
hehehe
Capitão do Mato diz:
eu vou carregar lenha!!!!
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
11 Novembro - 30 anos longe de ti

É o que significa para mim esta data. Eu nunca te vi, mas conheço-te bem; nunca te cheirei, mas os teus aromas inebriam-me; nunca te ouvi, mas os teus ecos ressoam dentro de mim; nunca te toquei, mas amo-te como a mais nenhuma.
Quando falo de ti aos outros os meus olhos brilham, a minha alma pula, o meu espírito rejuvenesce. Há quem se ria, mas quero lá saber. Serás sempre a menina dos meus olhos, a minha terra prometida, aquela que mana leite e mel.
E quando, finalmente, estiver na tua presença vou beijar-te e abraçar-te longamente e chorar esta saudade orfã e disfrutar-te, tanto, tanto, tanto. É que, haja o que houver, serás sempre a minha querida ANGOLA.

É o que significa para mim esta data. Eu nunca te vi, mas conheço-te bem; nunca te cheirei, mas os teus aromas inebriam-me; nunca te ouvi, mas os teus ecos ressoam dentro de mim; nunca te toquei, mas amo-te como a mais nenhuma.
Quando falo de ti aos outros os meus olhos brilham, a minha alma pula, o meu espírito rejuvenesce. Há quem se ria, mas quero lá saber. Serás sempre a menina dos meus olhos, a minha terra prometida, aquela que mana leite e mel.
E quando, finalmente, estiver na tua presença vou beijar-te e abraçar-te longamente e chorar esta saudade orfã e disfrutar-te, tanto, tanto, tanto. É que, haja o que houver, serás sempre a minha querida ANGOLA.
quinta-feira, 13 de outubro de 2005
A essência
Um dos comentários ao meu post "mete jindungo nisso" faz questão de mencionar que eu não vivi mais de um ano em Angola. O mais desprevenido dos leitores pode ser levado a crer que, realmente, faço a defesa de teses que me são estranhas, que falo artificialmente. Isso seria, no minímo, um grande equívoco. Digo isto porque é preciso distinguir a essência da forma. Trocando por míudos... de facto, eu não vivi mais de um ano em Angola, é verdade, mas passei 26 anos da minha vida num bairro cheio de gente vinda de Angola e numa família completamente enraízada na cultura angolana, resumindo: a respirar Angola. Ora, daqui se pode inferir que a questão física é apenas um pormenor na grande fotografia. A minha essência é angolana, a minha postura é angolana, o meu sotaque é angolano, a minha cor é mulata. Existe muita gente, por exemplo, que viveu alguns anos em Angola, mas que não tem a essência, nem sequer o sangue angolano, esses ficam-se apenas pela forma. A essência não se compra, não se inventa, não se empresta. Está lá e pronto!
Aliás, pensando bem, se não tivesse essência aquele post nunca tinha sido escrito. Poucos ou nenhuns escreveram algo semelhante na blogosfera.
Um dos comentários ao meu post "mete jindungo nisso" faz questão de mencionar que eu não vivi mais de um ano em Angola. O mais desprevenido dos leitores pode ser levado a crer que, realmente, faço a defesa de teses que me são estranhas, que falo artificialmente. Isso seria, no minímo, um grande equívoco. Digo isto porque é preciso distinguir a essência da forma. Trocando por míudos... de facto, eu não vivi mais de um ano em Angola, é verdade, mas passei 26 anos da minha vida num bairro cheio de gente vinda de Angola e numa família completamente enraízada na cultura angolana, resumindo: a respirar Angola. Ora, daqui se pode inferir que a questão física é apenas um pormenor na grande fotografia. A minha essência é angolana, a minha postura é angolana, o meu sotaque é angolano, a minha cor é mulata. Existe muita gente, por exemplo, que viveu alguns anos em Angola, mas que não tem a essência, nem sequer o sangue angolano, esses ficam-se apenas pela forma. A essência não se compra, não se inventa, não se empresta. Está lá e pronto!
Aliás, pensando bem, se não tivesse essência aquele post nunca tinha sido escrito. Poucos ou nenhuns escreveram algo semelhante na blogosfera.
terça-feira, 11 de outubro de 2005
Mete Jindungo nisso

Ah pois! Foi mesmo assim, um verdadeiro churrasco à angolana. Cheio de Jindungo e bem saboroso. Na verdade, a qualificação dos Palancas extravasa o domínio futebolístico. É o ressuscitar de uma nação adormecida, marcada com feridas profundas que a guerra fratícida deixou. No sábado passado o golo de Akwá foi o bálsamo que restaurou a dignidade de um povo sofrido e cansado de miséria. A festa, esse elemento peculiar do angolano, será sempre feita quer se ganhe, quer se perca, pois a maior vitória já foi alcançada. Soube mesmo bem esse pitéu. O seu sabor ficará guardado na nossa memória por longos anos. Esperamos com ansiedade os próximos feitos da pátria angolar. Viva a Angola! Angola é nossa!

Ah pois! Foi mesmo assim, um verdadeiro churrasco à angolana. Cheio de Jindungo e bem saboroso. Na verdade, a qualificação dos Palancas extravasa o domínio futebolístico. É o ressuscitar de uma nação adormecida, marcada com feridas profundas que a guerra fratícida deixou. No sábado passado o golo de Akwá foi o bálsamo que restaurou a dignidade de um povo sofrido e cansado de miséria. A festa, esse elemento peculiar do angolano, será sempre feita quer se ganhe, quer se perca, pois a maior vitória já foi alcançada. Soube mesmo bem esse pitéu. O seu sabor ficará guardado na nossa memória por longos anos. Esperamos com ansiedade os próximos feitos da pátria angolar. Viva a Angola! Angola é nossa!
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