terça-feira, 20 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Já fui:
Montador/Desmontador de Móveis (não poucos); Carregador (dos ditos e do resto); Motorista; Técnico de Gás; Electricista; Decorador; Técnico de Limpezas; Tapa buracos de paredes; Sherpa (carregador de bagagens); Calafetador de Janelas e Portas, Técnico de Montagem de Electrodomésticos;Técnico de Tv e Rádio; Montador de Varões e Cortinados.
Quem me levou a vida que a devolva, por favor!
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Na tradição evangélica, onde cresci, é hábito os pais colocarem "nomes bíblicos" aos filhos. Porém, muitos confundem nomes bíblicos, todos os que efectivamente estão escritos na Bíblia, com nomes específicos da cultura hebraica. Por exemplo, sempre ouvi dizer que o meu segundo nome - César - não é um nome bíblico, o que constitui uma inverdade, porque César aparece por diversas vezes no Novo Testamento. Assim, César é tão bíblico quanto Jesus. Mas, também existem aqueles que pensam que os nomes hebraicos são mais abençoados por serem os nomes do povo de Deus e que o restante dos nomes bíblicos são, por assim dizer, inferiores. Ora, existe aí algum desconhecimento do princípio de atribuição dos nomes aos filhos por parte dos judeus. Se prestarmos um pouco de atenção ao relato da narrativa bíblica, veremos que os nomes são o resultado de experiências específicas dos personagens, ou dos seus filhos, com Deus. Por isso é que a maior parte dos nomes hebreus ou acaba com o sufixo "El" que significa Deus, ou se inicia com o prefixo "Ja", ou "Jo" que é uma abreviação de "Jeová". Existem ainda aqueles nomes que são proféticos, no sentido que relatam situações a ocorrer no futuro, como Jacó que significa, "Suplantador", exactamente porque iria suplantar o seu irmão mais velho, Esaú. Onde é que eu quero chegar com esta conversa toda? É simples. Se queremos atribuir nomes aos nossos filhos que sigam o padrão bíblico, devemos fazê-lo de acordo com o significado do mesmo, sendo que esse significado reflecte algum aspecto da nossa caminhada pessoal com Deus, ou algo que queremos que o nosso filho(a) venha a ser. Daí, tanto faz que o nome seja hebraico, romano, ou até mesmo um completamente original, como o foram no início todos os nomes hebreus. Já agora aproveito e explico que Júlia significa "Jovem de espírito, abundante em vida" porque ela surgiu nas nossas vidas em dias de grande tristeza e agonia, onde este nome fazia todo o sentido.
domingo, 5 de outubro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008
A poucos dias do nascimento da minha segunda filha, ensaio uma bênção para o momento em que, erguendo-a com os meus braços, hei-de consagrá-la a Deus. Isto porque acredito que é dever dos pais consagrarem (ou não) os seus filhos a Deus. O acto da consagração é uma responsabilização dos pais perante Deus de que irão fazer tudo para educar os seus filhos de acordo com os mandamentos de Deus. Mais ninguém pode assumir integralmente este compromisso. Assim, daqui a poucos dias espero poder recitar para a minha amada Júlia este texto:
"O Senhor te faça como Sara, Rebeca, Raquel e Leia. O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti. O Senhor levante sobre ti o seu rosto e te dê a paz. E repousará sobre ti o Espírito do Senhor, o Espírito de Sabedoria e de Entendimento, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Conhecimento e de Temor do Senhor."
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Este blogue vai de férias, volto um dia destes. Mesmo com a minha filha a insistir que eu já sou "castanho", vou repôr a cor original. Os mulatos, como eu, dão alguma importância aos tons e sub-tons de castanho, coisa que passa ao lado aos brancos, obviamente. Adiante: aos teimosos insistiram em acompanhar-me durante o último ano, muito obrigado pela paciência e amizade. Tenham umas férias muito boas!
Shalom!
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Estou de regresso a Vendas Novas. São os imperativos de um negócio mal-sucedido. Por entre largas dezenas caixas de Chiquita, Dole e Bonita, aprendo o que é viver apenas com o essencial para o dia-a-dia. Será isto a perfeita metáfora para "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje", ou melhor dizendo, um curso prático de desprendimento do materialismo do Século XXI?
Se não é, anda lá perto.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Quando, na Ecografia das 22 semanas, o médico me disse que ia ser uma menina fiquei lixado, literalmente! Queria, à boa maneira angolana, um filho varão. Ao completarem-se 3 anos da vida da Joana percebo que, nessa tarde, fui um perfeito idiota. Porquê? Porque o melhor dos filhos é serem os nossos filhos e não o sexo que Deus quis que eles tivessem. Uma vida é valorizada pelas suas qualidades únicas e não porque podemos vestir-lhe uma camisola do nosso clube. Aprendi essa lição com a minha filha que diariamente me enche as medidas e me deixa cheio de orgulho nela, apenas por ser quem é. De tal maneira que, à espera da segunda, a questão já nem sequer se colocou, apesar da "saloiice" das pessoas acharem que devíamos ter "um casalinho". As minhas filhas, no que me diz respeito, crescerão sendo meninas, seguras da sua identidade em Deus e do nosso amor por elas. Devo-lhes isso.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
terça-feira, 3 de junho de 2008
Completam-se hoje sobre a minha vida. É interessante como a vida nos transforma. Celebrei sempre os meus aniversários num tom nostálgico, saudosista, quase displicente em relação ao próprio dom da vida. Hoje, porém, fruto das experiências que a vida me tem proporcionado, reconheço nesta data que tudo o que sou e tenho, devo-o à Graça de Deus e à Sua bondade em deixar-me viver. Isto pode soar banal para o mais comum dos cristãos mas, é precisamente por isso que se tende a ignorá-la no mais profundo do seu significado. Que valor atribuir à minha mulher? às minhas duas preciosas filhas? aos meus amigos verdadeiros? ao cuidado constante que Deus tem por mim? aos pequenos, contudo, essenciais prazeres da vida que Ele me proporciona? À presença real e activa do Todo-Poderoso na minha vida?
Aos 34 descubro que viver é o processo de retornar a Deus. Que outro propósito existirá para além deste e que nos motive nessa caminhada lenta e difícil, de transformação e amadurecimento?
quarta-feira, 28 de maio de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Tenho chegado à conclusão que na minha família o melhor da vida vem com o passar dos anos. Isto conforta-me porque aos 33 ainda não consegui nada de significativo de que me possa orgulhar. Digamos que esta espécie de "late achievements" me faz pensar que o melhor de mim ainda está por vir. Senão vejamos: A minha mãe, toda a vida funcionária pública, de repente, decide fazer o 10º ano à noite e acaba licenciada em Sociologia depois de alguns anos e já na casa dos 50. O meu pai, depois de uma vida inteira a ser escravo do trabalho, finalmente, está a descobrir tempo para ele mesmo e para trazer ao de cima talentos guardados no baú. Este domingo assisti, orgulhosamente, ao recital do Coral da Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela onde o meu "cota" canta como baixo. As promessas de cantor de chuveiro foram cabalmente cumpridas. Fica aqui um pequeno aperitivo para se deliciarem. O meu pai é o moreno charmoso no meio.
terça-feira, 11 de março de 2008
Estamos em processo de venda e compra de casa. Ambos quase, quase, terminados. Estamos fortemente inclinados a optar por um T3+1 semi-novo, com óptimas áreas, excelente localização (parque infantil, infantário à porta de casa, vista desafogada, casa com luz o dia todo, zona tranquila, etc) e a um preço razoável, dentro do nosso orçamento. No entanto, é um 3º andar sem elevador. No processo, temos partilhado esta opção com as pessoas mais próximas de nós e raras são as que não acham um absurdo. Dizem-nos que "não vamos aguentar as compras", "não vamos aguentar com os filhos", etc. A mim, que vivi 27 anos num terceiro andar idêntico e carregava botijas de gás às costas, os tais 13 quilos de calor para casa (bendito gás natural canalizado), faz-me um pouco de confusão este discurso tipicamente burguês. A julgar pelos sábios conselhos, nós estaríamos melhor numa casa com quartos minúsculos onde os nossos filhos não têm espaço para brincar, com cozinhas degradadas, com casas-de-banho onde é preciso fazer contorcionismo para entrar, com salas sombrias, ou então endividados até ao pescoço por causa dum empréstimo para uma casa idêntica com elevador mas que excede em dobro as nossas posses. Isso sim, me parece um perfeito absurdo.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Acordei com este poema na mente
With your bitter, twisted lies,
You may trod me in the very dirt
But still, like dust, I'll rise.
Why are you beset with gloom?
'Cause I walk like I've got oil wells
Pumping in my living room.
With the certainty of tides,
Just like hopes springing high,
Still I'll rise.
Bowed head and lowered eyes?
Shoulders falling down like teardrops,
Weakened by my soulful cries.
Don't you take it awful hard
'Cause I laugh like I got gold mines
Diggin' in my own back yard.
You may cut me with your eyes,
You may kill me with your hatefulness,
But still, like air, I'll rise.
Does it come as a surprise
That I dance like I've got diamonds
At the meeting of my thighs?
I rise
Up from a past that's rooted in pain
I rise
Welling and swelling I bear in the tide.
Leaving behind nights of terror and fear
I rise
I rise
Bringing the gifts my ancestors gave,
I am the dream and the hope of the slave.
I rise
I rise.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
sábado, 19 de janeiro de 2008
sábado, 22 de dezembro de 2007

Se um dia os extremistas islâmicos tomam conta disto estou safo!
Barba dedicada ao Tiago.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
A minha filha queixou-se hoje a uma das educadoras. Segundo o relato, a mãe bateu-lhe injustamente. O que não passou de um simples "J., deixa a mamã vestir-te o casaco" em tom de impaciência passou, na voz da minha filha, a um acto de agressão injusto. "Eu não fiz nada!", retorquiu rapidamente a minha filha à educadora. E assim a dúvida prolongou-se até à hora em que a fui buscar.
A queixa tem a vantagem da modelagem, ou seja, fazer com que um dado acontecimento se torne numa ocasião para a prática da justiça própria. Como é feita a terceiros e fora do ambiente original dos acontecimentos, os segundos estão reféns do papel que os primeiros lhes querem reservar, que é, normalmente, o do vilão. A queixa, como acto criativo, não tem limites. A mentira, como acto auto-justificativo, também não. É por isso que as duas andam, regra geral, lado a lado.