sexta-feira, 11 de julho de 2003

Memórias

Hoje fui a casa da minha avó e durante a estadia, pedi-lhe para ver as coisas do meu falecido avô. Entre poemas, apontamentos, dissertações e gravações áudio, foi muito bom ter estado com ele outra vez, ainda que a comunicação tenha sido unidireccional. A Sara gostou principalmente dos poemas dedicados à minha avó, tanto que disse maldosamente: "Vê lá se aprendes qualquer coisa..."
Numa das cassetes, de inspiração evangelistica, o velho Zé Chicoronho convida os seus ouvintes a meditarem na parábola do Rico e de Lázaro (Lucas 16:19ss). Em vida, o rico comia faustosamente enquanto Lázaro se alimentava das migalhas que caiam da mesa do Rico.
Após a morte dos dois. Lázaro encontra-se no céu e o Rico no Inferno. O rico pede a Abraão que permita a Lázaro refrescar-lhe a língua porque se encontra atormentado nas chamas. Abraão lembra o Rico que entre céu há um abismo inultrapassável, assim como entre o inferno e a terra.
O velho Zeca lembrava os ouvintes atentos que só temos uma oportunidade para salvação, porque só temos uma vida. A decisão deve ser tomada é agora, enquanto por cá estamos. Realmente, depois da morte não há volta a dar-lhe.

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