sábado, 18 de dezembro de 2004

Perspectivas

Sempre me "irritou" a concepção patética que o catolicismo tem do Natal. Jesus é apresentado como o menino indefeso deitado nas palhas, confortado e cuidado por Maria. Aliás, o Natal não passa de uma grande desculpa para a sua exaltação. E, enquanto Jesus fôr o menino indefeso, nunca vai poder incomodar, fazer exigências ou fazer-se ouvir. É figura de corpo presente. A Igreja Romana tem demonstrado ao longo da história que se interessa mais pelos personagens secundários do que pelo actor principal. Tudo e todos são dignos de altares e capelas, santuários, procissões, rezas e festas, menos o Rei.
Por outro lado, Jesus, enquanto adulto, é sempre retratado em forma de crucificado, derrotado, ou então, já morto nos braços de Maria. A falácia, o logro e a manipulação mental que o catolicismo romano impõe às mentes mas humildes e desatentas é de registar.

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