O gato da máscara de plástico
O meu gato tem sido uma fonte fértil em parábolas, muito por culpa do martírio que o desgraçado tem passado no último ano. Foi-lhe colocado, recentemente, um objecto de plástico tipo "abajour" para o impedir de estragar o processo de cicatrização da operação a foi sujeito. Hoje retirei-lhe esse objecto. Foi interessante ver a sua expressão de alívio e surpresa, por se ter visto livre daquele peso. Dou comigo a pensar nos pesos que carrego e que me impedem de viver uma vida com totalidade de significado. Insisto em trazer comigo coisas que me dificultam o crescimento e o amadurecimento e, em última análise, o dar fruto. É tempo de tirar a máscara de ferro!
quarta-feira, 20 de abril de 2005
Um lapso imperdoável
Fui o parteiro deste blog, e por falha minha ainda não o tinha mencionado. Ele diz-se amante de alcatra, mas vão descobrir que as paixões dele são mais alargadas e significativas.
Fui o parteiro deste blog, e por falha minha ainda não o tinha mencionado. Ele diz-se amante de alcatra, mas vão descobrir que as paixões dele são mais alargadas e significativas.
terça-feira, 19 de abril de 2005
Kit Eutanásia
A notícia está nos jornais. Na Bélgica começou a ser distribuído o "Kit Eutanásia", disponível em qualquer farmácia do país. Bem, isto não me espanta, até porque faz parte da mentalidade dos supostamente "países evoluídos". E é para aqui que, infelizmente, as sociedades ocidentais caminham e parece não haver volta a dar-lhe. Mas já que estamos nesta "onda solidária", porque não distribuir nas drogarias o "Kit 605 forte, mata que é um fartote" , ou o "Kit Suicídio espalhafatoso" nas estações da CP ou ainda o "Kit Voe directo para a morte, adrenalina e um pouco de sorte" na portagem da Ponte 25 Abril? Seria uma boa maneira de os governos arrecadarem umas verbas extra e deixava, com certeza, radiantes da vida os partidos da esquerda moderna, tolerante e preocupada com o bem estar dos cidadãos.
A notícia está nos jornais. Na Bélgica começou a ser distribuído o "Kit Eutanásia", disponível em qualquer farmácia do país. Bem, isto não me espanta, até porque faz parte da mentalidade dos supostamente "países evoluídos". E é para aqui que, infelizmente, as sociedades ocidentais caminham e parece não haver volta a dar-lhe. Mas já que estamos nesta "onda solidária", porque não distribuir nas drogarias o "Kit 605 forte, mata que é um fartote" , ou o "Kit Suicídio espalhafatoso" nas estações da CP ou ainda o "Kit Voe directo para a morte, adrenalina e um pouco de sorte" na portagem da Ponte 25 Abril? Seria uma boa maneira de os governos arrecadarem umas verbas extra e deixava, com certeza, radiantes da vida os partidos da esquerda moderna, tolerante e preocupada com o bem estar dos cidadãos.
domingo, 17 de abril de 2005
Sr Raymundo
Sou um nostálgico assumido. Gosto especialmente de factos relacionados com a minha família e com recordações da minha infância.
Hoje encontrei um artefacto que faz parte do meu imaginário infantil. Quando era criança a nossa família tinha o hábito de viajar até à aldeia dos meus avós paternos, perto de Almeida e Vilar Formoso, na raia de Espanha. O meu avô levava-nos sempre a Fuentes de Oñoro, do outro lado da fronteira, ao supermercado loja do Sr Raymundo. Era no tempo em que ainda havia fronteiras com revistas às malas dos carros e BI's para apresentar, mas nós passávamos sempre pela porta do cavalo, conduzidos pela mestria do meu avô, uma vez que traziam sempre mais do que era permitido pela Guardia Civil. "El Raymundo", este presenteava-nos com inúmeras tabletes de chocolate, as quais enchiam de felicidade os restantes dias das férias. Hoje, voltei a encontra-las na Feira de VN. Vieram-me à memória lembranças muito bonitas.
Confesso que tenho saudade desse deslumbramento de cruzar a fronteira para um mundo desconhecido, onde tudo era diferente desde as casas, ao dinheiro, o pão, a língua, aos carros e até as pastilhas elásticas. Lembro-me também dos rebuçados de pinhão, dos chumbos para a pressão de ar do meu pai, do cheiro intenso a jamón e das bonecas "chorão" que a minha irmã tanto adorava. Enfim, talvez tenham sido esses momentos que me deram um grande gosto por viajar e conhecer outras realidades e culturas. Como podem imaginar, apesar de enjoativo, o chocolate soube-me mesmo bem.
Sou um nostálgico assumido. Gosto especialmente de factos relacionados com a minha família e com recordações da minha infância.
Hoje encontrei um artefacto que faz parte do meu imaginário infantil. Quando era criança a nossa família tinha o hábito de viajar até à aldeia dos meus avós paternos, perto de Almeida e Vilar Formoso, na raia de Espanha. O meu avô levava-nos sempre a Fuentes de Oñoro, do outro lado da fronteira, ao supermercado loja do Sr Raymundo. Era no tempo em que ainda havia fronteiras com revistas às malas dos carros e BI's para apresentar, mas nós passávamos sempre pela porta do cavalo, conduzidos pela mestria do meu avô, uma vez que traziam sempre mais do que era permitido pela Guardia Civil. "El Raymundo", este presenteava-nos com inúmeras tabletes de chocolate, as quais enchiam de felicidade os restantes dias das férias. Hoje, voltei a encontra-las na Feira de VN. Vieram-me à memória lembranças muito bonitas.
Confesso que tenho saudade desse deslumbramento de cruzar a fronteira para um mundo desconhecido, onde tudo era diferente desde as casas, ao dinheiro, o pão, a língua, aos carros e até as pastilhas elásticas. Lembro-me também dos rebuçados de pinhão, dos chumbos para a pressão de ar do meu pai, do cheiro intenso a jamón e das bonecas "chorão" que a minha irmã tanto adorava. Enfim, talvez tenham sido esses momentos que me deram um grande gosto por viajar e conhecer outras realidades e culturas. Como podem imaginar, apesar de enjoativo, o chocolate soube-me mesmo bem.
sexta-feira, 15 de abril de 2005
Sobre a idolatria Papal das últimas semanas
Há praticamente 500 anos atrás Martinho Lutero levantou-se contra este sistema podre e corrupto e, entre outras coisas, afirmou:
Os castigos temporais não existem.
A culpa não é anulada pelas indulgências mas pelo arrependimento do homem.
Existe um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo.
O Papa não possui qualquer tipo de autoridade.
Os Concílios da IC não são infalíveis.
A Bíblia é a única autoridade em termos de fé.
A Justificação perante Deus é pela fé somente.
Deus é soberano.
Os santos não são para venerar.
O Celibato não deve ser obrigatório.
Deve existir separação entre a Igreja e o Estado.
O homem, na sua natureza, não tem nada de bom que lhe possa valer perante Deus.
Os problemas desse tempo persistem. Pena é que os Martinhos Luteros deste tempo se calem perante o "circo da fé". De Deus não se escarnece. Penso nisso sempre que vejo as cúpulas religiosas a brincarem aos assuntos espirituais. Um dos desafios para o verdadeiro cristianismo actual é lançar homens e mulheres que, qual David, não se calem perante as afrontas ao Deus vivo.
Há praticamente 500 anos atrás Martinho Lutero levantou-se contra este sistema podre e corrupto e, entre outras coisas, afirmou:
Os castigos temporais não existem.
A culpa não é anulada pelas indulgências mas pelo arrependimento do homem.
Existe um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo.
O Papa não possui qualquer tipo de autoridade.
Os Concílios da IC não são infalíveis.
A Bíblia é a única autoridade em termos de fé.
A Justificação perante Deus é pela fé somente.
Deus é soberano.
Os santos não são para venerar.
O Celibato não deve ser obrigatório.
Deve existir separação entre a Igreja e o Estado.
O homem, na sua natureza, não tem nada de bom que lhe possa valer perante Deus.
Os problemas desse tempo persistem. Pena é que os Martinhos Luteros deste tempo se calem perante o "circo da fé". De Deus não se escarnece. Penso nisso sempre que vejo as cúpulas religiosas a brincarem aos assuntos espirituais. Um dos desafios para o verdadeiro cristianismo actual é lançar homens e mulheres que, qual David, não se calem perante as afrontas ao Deus vivo.
quinta-feira, 7 de abril de 2005
Blogs 3ª geração
A minha sogra acaba de inaugurar uma nova era na blogoesfera: os "Granny blogs". Bem vinda! A não perder!
A minha sogra acaba de inaugurar uma nova era na blogoesfera: os "Granny blogs". Bem vinda! A não perder!
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