sexta-feira, 8 de abril de 2011

07 de Abril

Foi um dia cheio e em cheio. Saímos, mais uma vez, para almoçar com um casal da Igreja. (começam a notar aqui um padrão?) Raíldo, sua esposa Eloina e a bonita Ana Carla (4 anos) receberam-nos com muita alegria e simplicidade (notam aqui outro padrão?).

Pela tarde, Raíldo, que agora está encarregue de uma região chamada Barreiro, levou-nos de carro até Nova Lima, uma cidade mineira na periferia de BH. Pela primeira vez, desde que aqui estamos, tivemos oportunidade de deixar a agitação frenética da grande cidade e sair para o meio rural.
Mais uma vez, o contraste não poderia ser maior. As pessoas são ainda mais simples, abertas e disponíveis. Provei a minha primeira água de coco e os famosos pastéis de carne. Vimos macacos na floresta e aranhas do tamanho do meu dedo mindinho. Esta parte a Sara dispensaria. Certo?

O melhor do passeio, contudo, foi o tempo alargado que dispusemos para conhecer o Raíldo e a sua vida com Cristo. Este homem foi curado do vício da droga pela acção do Espírito Santo e desde então a sua vida tem sido uma entrega total à obra de Deus. Estes homens sentem-se honrados por serem cooperadores do Senhor no que diz respeito à implementação do Seu propósito eterno, ou seja, Deus deseja reunir para si uma família de filhos semelhantes a Jesus. É constrangedor ver o esforço de tempo e energia despendido na implementação deste objectivo. Porém, a imagem que passa não é de peso, obrigação ou desgaste mas, sim, de alegria, gozo e paz. O alvo da sua vida é que pessoas conheçam a Cristo e sejam por ele resgatados do mundo das trevas controlado por Satanás. Tudo é resto é acessório, e na maioria das vezes, encarado como uma distracção.

Quando cheguei a casa, por volta da meia-noite, o meu coração estava apertado. O Senhor me constrangera e envergonhara ao longo do dia. Deus mostrou-me, na vida deste homem, o que Ele espera de mim: que eu me entregue incondicionalmente à tarefa de fazer discípulos. É o tudo ou nada! E eu quero que seja tudo. Quebra o meu orgulho Deus e faz-me amar o meu povo de forma sacrificial. Só assim compreenderei o significado real de Ágape!

2 comentários:

Sara CS disse...

Eu dispensava as aranhas, sim! :)
Mas tudo o resto de que falas (não me refiro aos macacos, nem à água de côco), não dispenso. Quero viver dessa forma, totalmente concentrada no propósito eterno de Deus.
Beijinhos,
Sara

Nuno disse...

É o que importa, de verdade.
Beijinho