quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Sul do Equador tudo é diferente

O Brasil é um país muito parecido com Portugal e nada parecido com Portugal.
Se por um lado é, estranhamente agradável, estar no estrangeiro e ver tudo escrito em Português e ser razoavelmente entendido pelas pessoas, por outro, tudo aqui é oposto à nossa forma de ser e estar. As ruas estão apinhadas de gente e transbordam de vida. Há pessoas por todo o lado, inclusive a atravessar auto-estradas. Vive-se num caos organizado que supera largamente o desenrascanso lusitano. Existe uma espontaneidade contagiante.
Os brasileiros fazem tudo a partir de quase nada, até mesmo as casas. Principalmente as casas. A Cova da Moura comparada ao tamanho e risco das favelas que se vêem aqui é, como se diz por cá, fichinha.

Hoje visitámos diversas casas de irmãos da Igreja em locais diferentes da cidade e fomos até Betim, cidade a cerca de 30 km de BH, almoçar com um jovem casal que serve a Igreja ali. Betim está para BH como o Barreiro para Lisboa. Uma terra marcada pelo peso da indústria com muita pobreza e precariedade de vida. Noto, porém, nos brasileiros, uma tranquilidade nos rostos perante a adversidade que não se vê em Portugal. Temos que aprender o significado de contentamento.

O JetLag está a dar cabo de mim. Ontem dormi apenas 2 horas e hoje, ao final do dia, comecei a sentir os efeitos desgastantes da viagem.

Temos sido mimados por todos, mesmo pelos estranhos. Amanhã, se conseguir, coloco fotos. Já disse que o Jet Lag está a dar cabo de mim?

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