quinta-feira, 15 de maio de 2003

Au!!!
O que mais temia veio a acontecer. O fantasma da contínua Graciete reapareceu na pessoa da Charlotte. A repreensão demorou, mas chegou. E ninguém tem dúvidas de que realmente a bomba é muito inteligente. É inteligente, mas tendenciosa. A retórica impressiona, mas não convence!
Em primeiro lugar, nunca disse, em post algum, que tinha problemas com a palavra autoridade, pelo que, posso concluir que a bomba se guiou pela intuição. Também não disse que tinha problemas com o JPP. Aliás, confessei-me social democrata. O que disse muito simplesmente é que me deu vontade rir a forma como o pessoal de dobrou ao peso do homem. Parecia uma aparição, como a que se celebrou ontem em Fátima.
Voltando ao ataque bombista, este foi perpetrado com «cocktails molotof» e não com bombas «high tech».
A nossa estratega agarrou-se ao latim (eu pessoalmente prefiro o grego), para fundamentar o meu erro, mas não leu bem o dicionário.

“...O autor é quem tem autoridade; é quem cria e acrescenta alguma coisa...” De facto tem razão. Mas é preciso ter alguma precaução, pois não é dito que tipo de coisa é criada ou acrescentada. É alguma coisa...e a história tem-nos mostrado que algumas coisas não deviam ter sido criadas nem sequer acrescentadas. O que nem é o caso do JPP...
Quanto à citação de Maria Pereira (conselheira de guerra), padece da semelhante enfermidade: “...apenas e somente pelo peso da pessoa ou corporação que toma ou sanciona uma decisão...” Mais uma vez nada é dito acerca da qualidade moral da pessoa ou da corporação, nem do carácter da decisão.
Concluo, por isso, que não era necessária tanta investigação. O dicionário de português corrente traduz a minha intenção de forma bastante cristalina ao descrever o termo autoridade: ”...poder de mandar; domínio; poder; pessoa que exerce o poder; mando; etc.”
Quanto a autor a mesma obra diz: “...o que é causa; motivo; fundador; inventor; chefe; cabeça”.

Para mim, não se é autoridade só porque se cria algo, ou porque se tem peso na sociedade. É autoridade para mim, quem é um exemplo em termos morais, espirituais e humanistas. E aí, cara Charlotte não se pode obrigar ninguém a pensar como nós. Não sou mesquinho e acredito que reconhecer o valor de alguém não implica submissão a esse mesmo alguém. Tanto reconheço o valor do JPP, como o do meu amigo Miguel que passa o dia a carregar porcos, mas que é um exemplo de grande homem, como aliás, já escrevi em outro post.

A bomba falha o alvo quando me acusa de não estar preparado nem educado para isso. Como tem tanta certeza? Intuição? Não julgue o todo pela parte.

É pena que a bomba tenha tentado bombardear sem motivo. Fica o registo.

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