quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

Nostalgia...

Acabo de receber um e-mail da minha cunhada sobre as coisas que se faziam na nossa geração (25-30) e que eram marcas distintivas da nossa superioridade em relação a esta geração balofa do início do Séc. XXI. Depois de umas gargalhadas valentes e de concordantes acenos de cabeça, sou invadido pela conclusão óbvia, de que, realmente, estou, melhor, estamos a ficar velhos. A necessidade de afirmar que somos melhores do que a geração "Playstation 2 " É semelhante àquela que a minha mãe tinha de dizer que, quando era nova subia as mangueiras para comer mangas até se fartar, que andava descalça, escrevia com canetas de aparo e estava sempre no quadro de honra da escola. Definitivamente a juventude e os anos dourados se afastam com imperdoável rapidez, o que não é de estranhar, num mundo em que andamos sempre a correr. O e-mail da Rute é o terceiro ou quarto que recebo dentro desta linha, o que atesta como verdadeiro o que tenho dito. Realmente precioso é o facto de trazer imagens dos desenhos animados que marcaram a nossa infância. Esses sim ajudam a perpetuar o passado feliz no nosso imaginário.

Ok. Agora é nostalgia pura. A leitura desta parte do post é opcional. O que se segue é um devaneio melancólico inacabado. Há muito mais pra dizer...

O Marco é a minha memória mais antiga: vi o útimo episódio em casa da minha avó, numa reunião de família. Ah! Ainda sei a música de cor. Depois a Abelha Maia, que tal como o Marco e a Heidi tinha uma colecção de livros (ainda restam alguns...) e bonecos de plástico. Depois o Tom Saywer. Os melhores desenhos animados do mundo! Tom, Huck, Sid, O Indio Joe! Começou num sábado de manhã. Estava a jogar à bola e uma prima minha chamou-me e aos filhos dela para irmos ver. Fogo...
Depois o Conan, a cena futurista, a explos?o nuclear, as cidades debaixo de água...o gajo mergulhava mesmo bem e corria que se fartava com o Jimmy...(a RTP se fosse uma TV com eles no sítio, já passava isto outra vez...).
O Dartacão foi fixe, mas falta, na lista da Rute, entre outros, a "Volta ao Mundo em 80 dias" e o Sítio do Pica Pau Amarelo. Finalizo com um masterpiece, as "Cidades de Ouro". Esteban, Zia, Tao , o pássaro de ouro, o barco a energia solar... Foram grandes tardes no sofá da Avó Tina, a lanchar pão com manteiga e café preto.

Já imaginaram o que é viver sem nunca ter chupado um Fá, aqueles gelados que se punha no congelador, com os bonecos do Mundial 82?

Já imaginaram o que é não saber assobiar o "Verão Azul"?

Tecnologia a quanto obrigas....

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