quinta-feira, 11 de março de 2004

Um ponto de ordem!

Parece que esta questão que me envolve a mim e à Papoila está a tomar contornos desproporcionados. Cabe-me, por isso, a tarefa de colocar aqui alguma ordem, se possível.

Em primeiro lugar dirigo-me à Papoila. O primeiro post que escrevi não encerra, de forma alguma, a ideia de que devia morrer. Reconheço-lhe uma certa ambiguidade na interpretação, mas é sobretudo irónico, não destrutivo. Mais uma vez, lamento o mal ententido e até posso entender, sem ressentimentos, o post de resposta. Ficam as desculpas por ter sido tão mordaz! (Sem ironia...)

Em segundo lugar dirigo-me aos "defensores" da Papoila. Creio que usaram uma linguagem baixa, ofensiva, de argumentação básica e redutora. Para quem estava a defender uma "vítima de ofensa", não foram muito criativos. A agressão gratuita nunca fica bem...

Por último, dirigo-me aos meus amigos, conhecidos e defensores da "vida". O Mukankala sabe defender-se e exprimir as suas opiniões sem "ajudas extra". Sei que são bem intencionados, mas por vezes "a emenda é pior que o soneto". O "talibanismo" fica mal em qualquer uma das vertentes assumidas.

Finalizo o meu esclarecimento defendendo a ideia de que a blogosfera é, na sua essência, um espaço livre de debate de ideias e ideais, sujeito a pontos de concordância e, como é óbvio, de discordância. O que aconteceu entre mim e a Papoila enquadra-se, na minha óptica, dentro desse contexto. Procuro não me levar demasiado a sério pois sei que isto são apenas "blogs". A própria questão do aborto disso é reflexo. Ele já está consagrado na Lei, dentro de limites, mas está, e o mundo em que vivemos caminha para a consagração do que agora se discute. Sei que, no fim das contas, tudo se resumirá a uma questão moral, em que cada um, invidualmente, agirá de acordo com a sua ética. Mas não é por isso que as ideias não se discutem e aqui e ali não se use, de vez em quando, um bocadinho de picante. Agora, não vale faltar ao respeito, insultando e vociferando quando os argumentos escorrem pelos dedos da mão.

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