sexta-feira, 5 de março de 2004

Quem diria?

A Papoila ofendeu-se! Ela que tem passado os últimos tempos a insultar as pessoas que discordam dela em relacão à temática do aborto. Lembro os comentários aos posts da Quezia e também da Azul Limão, ou mesmo, a reacção ao meu post que a menciona.
Deixe-me dizer-lhe, cara Papoila, e com todo o respeito que me merece, que o objectivo do referido post não é a sua morte, é, pelo contrário, o direito que você tem a viver independentemente do que diga, faça, ou possua. É que essa, é a centralidade da ética cristã se quer saber. Qualquer um tem o direito a existir, sejam quais forem as condicionantes que o rodeiam, mesmo que sejam desfavoráveis. A minha ética, ao contrário da sua, não é situacionista, pois não procura interpretar os valores à luz dos resultados.
Na realidade, só uma consciência cauterizada como a sua pode supor que lhe desejo a morte. Está errada! Quero que viva e viva com abundância, mas não posso deixar de afirmar as minhas convicções em relação a esta temática. Sou cristão, mas isso não me impede de opinar, nem de, como qualquer cidadão, dar o meu contributo para o que considero, poder elevar os valores da sociedade em que vivo.
É curioso pensar que aceitamos a ética judaico cristã - que deriva das Escrituras - para todas as áreas do direito cívil e criminal, menos para o aborto.
E você que tantas vezes usa o amor - ou a falta dele - como desculpa para a morte, devia usá-lo antes como elemento preservador da vida, seja a que preço for.
O meu objectivo, não é argumentar melhor ou pior, ou escrever o argumento final que a convencerá a mudar de opinião. O seu incómodo é notório e as palavras que usa, disso são evidência.
Uma última nota. Lamento o mal entendido, mas não vou alimentar polémicas em torno disso. Tenho lido as suas opinióes em silêncio e escusei-me várias vezes a fazer comentários às suas afirmações no Quezia. Digo isto porque provavelmente o consenso, infelizmente, será impossível de atingir. Respeito-a como ser humano, mas não posso respeitar uma opinião que tem tanto de intransigente como de irracional.


P.S. Não querendo invadir a intimidade dos comentários do seu blog, deixo aqui uma mensagem à cunhadini: Até nós, eu e você, os abortos da natureza, temos direito à vida...

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