quinta-feira, 2 de junho de 2005

A Boca foleira no Parque de Campismo

Vai fazer este verão três anos que, juntamente com alguns amigos, fomos passar uma semana de férias no norte do país. Escolhemos um parque de campismo no topo de uma serra com uma vista fenomenal, ar puro, montes de sítios para passear, cascatas e o melhor, o parque era limitado a quarenta pessoas, o que à partida significava casas de banho limpas. Até aqui tudo bem; o pior foi quando tivémos que preencher o boletim de inscrição. Como era o mais velho, assumi a responsabilidade de dar o BI e preencher as formalidades do costume. Depois de "n" questões perguntam-me pela profissão, ao que respondo: "Sou teólogo". O Dono do parque olha para mim e responde em tom jocoso: "Eh!Realmente...isso deve ser melhor do que trabalhar".
O curioso é que hoje, ao regressar a casa, depois da uma da manhã, pelo caminho que já percorri, bem para cima de mil e quatrocentas vezes, exactamente por causa da Teologia, desejei que ele estivesse no meu lugar e eu no dele, no cimo da montanha, descansado, a servir imperiais e bitoques a camones que chegam em autocaravanas e armado em sabichão, prontinho para me divertir com mais um boca foleira.

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