segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O meu último Natal

Já não posso mais ignorar a convicção que tem vindo a crescer em mim de que o Natal não é, nem nunca foi, uma festa cristã. A cada ano que passa os indicadores intensificam-se e mostram-me que Deus não pode estar presente no meio do neo-paganismo folclórico que nos rodeia e que se exprime por palavras, comportamentos e, principalmente, símbolos. Qualquer cristão minimamente consciente da verdade bíblica deveria sentir repulsa pela realidade presente. Como é possível participar de uma celebração que, supostamente, deveria ser por Ele, para Ele e por causa Dele, mas onde Ele não está presente?
Uma palavra de esclarecimento, porém. Não se pode confundir Natal com o nascimento de JESUS CRISTO. Esse é real e de significado profundo para os seus seguidores. Jesus é EMANUEL, O Deus que veio viver entre nós, tomar a primazia e destruir as trevas, derrotando o maligno. De forma muito "blunt" e ao estilo da regra de "três simples" concluímos que: se o paganismo é do maligno, logo Jesus não tem qualquer tipo de ligação com ele. Talvez seja essa a razão pela qual, nem Jesus (nos Evangelhos) nem os Apóstolos (nas Epístolas) se tenham alguma vez referido a algo remotamente parecido com "Natal". Se eles não ligaram a isso, porque ligaremos nós?
Mas, se ainda têm dúvidas leiam a Definição de Natal da Wikipédia:
De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C.. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa "manifestação"). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.
Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do
solstício de Inverno.
Portanto, segundo certos eruditos, o dia 25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus
persa Mitra, o Sol da Virtude.
Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes um novo significado, e uma linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como "o sol de justiça" (
Malaquias 4:2) e a "luz do mundo" (João 8:12) revelam a fé da Igreja n'Aquele que é Deus feito homem para nossa salvação.
As evidências confirmam que, num esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era celebrada pelos romanos, o "nascimento do deus sol invencível" (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”. Para certas correntes místicas como o
Gnosticismo, a data é perfeitamente adequada para simbolizar o Natal, por considerarem que o sol é a morada do Cristo Cósmico. Segundo esse princípio, em tese, o Natal do hemisfério sul deveria ser celebrado em junho.
Há muito tempo se sabe que o Natal tem raízes pagãs. Por causa de sua origem não-bíblica, no
século 17 essa festividade foi proibida na Inglaterra e em algumas colônias americanas. Quem ficasse em casa e não fosse trabalhar no dia de Natal era multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, e alguns novos foram acrescentados. O Natal voltou a ser um grande feriado religioso, e ainda é em muitos países.

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