quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Ontem fui a uma reunião da igreja Emergente

O grupo: cinco bonitas senhoras entre os 55 e os 75 anos. Local: A casa de uma delas. Juntá-mo-nos à volta da mesa para dissecar a pregação de domingo. Era uma narrativa, claro. Havia uma verdade profunda, como em todos os textos da Bíblia, mas esta aplicou-se de forma diferente a cada um de nós o que enriqueceu, e muito, a discussão. E eu, suposto moderador, aprendi mais do que ensinei. Afinal, quando se trata de partilhar a vida, a experiência é posto.
Continuámos a falar e, tendo sempre a Palavra como pano de fundo, crescia o ardor para alcançar os nossos familiares, para corrigir as injustiças sociais do nosso bairro, para implantar o Reino de Deus no nosso país. Estando à volta da mesa não faltou um chá quente e bolachas para aconchegar o estômago.
Ontem não foi domingo, não estive no templo, não cantei hinos e coros aprovados, não ouvi nenhuma pregação. Na banalidade de um lar anónimo Deus falou e eu cresci no meu amor e compromisso com Ele.
O resto é conversa.

4 comentários:

Nuno Fonseca disse...

Caro Nuno,

Se é isso a que chamas Igreja Emergente, então que Deus te abençoe e bendiga o teu ministério, mas aquilo que nos vem dos EUA com esse nome não é nada que se assemelha aos teus convívios domésticos de estudo e contemplação, e, antes, mostra descompromisso com a Palavra, procurando mais que novas leituras da Escritura, uma nova Escritura.

'The Secret Message of Jesus Christ' é uma obra que tem polemizado o Corpo de Cristo com o seu neognosticismo, e se leres ou visionares as doutrinas de Rob Bell e do Pagitt, cedo constatarás que o apego tímido a ideiais pós-modernistas está lá explícito, e mina a santificação de muitos. That's no joke.

Paz.

Nuno Fonseca disse...

E já agora: entre os emergentes a conversa não é o resto: é tudo.

Avozinha disse...

E isso é igreja emergente?! Em quê? Nasci em reuniões como essa, há 50 e muitos anos...

Scott disse...

Avózinha,
Pois é! E como é que perdemos essa tradição? Sem ela. não haveria as igrejas "tradicionais" de hoje em dia.

Fonseca,
O problema dos média é exactamente isso. Só querem publicar o que vai vender nos journais. Tu não sabes minimamente o que é o movimento. Eu posso me chamar de inha e dormir na galinheira, mas isto não faz de mim uma ave. Só por aproveitar um nome, não faz destes groups neo-gnosticos (se existe mesmo o "neo," o diabo não precisa, nem pode criar coisas novas) o padrão. E ainda, não percas o objectivo final do movimento em si. As questões são relevantes.